Estou a aprender as características do conto popular:
- o autor é o narrador/contador que os transmite de geração em geração;
- normalmente, há várias versões de um conto, como nos mostra o provérbio «quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto»;
- escritores como Almeida Garrett, Teófilo Braga, Adolfo Coelho, Consiglieri Pedroso e José Leite Vasconcelos passaram-nos à escrita;
- são narrativas breves e simples, com um pequeno número de personagens-tipo, designadas pela sua função social, pela sua função profissional ou por certos atributos;
- a acção decorre num passado indefinido e num espaço indeterminado;
têm uma função moralizante e, por vezes, lúdica; - é utilizada uma linguagem simples, de nível popular, e verifica-se o recurso a repetições de palavras e expressões que facilitam a memorização da narrativa;
- a simbologia é um aspecto importante, como, por exemplo, o recurso aos números três e sete, a monstros, palácios, reis, príncipes e princesas.
A literatura tradicional de transmissão oral também é composta por provérbios, adivinhas, canções, lengalengas e jogos de palavras. Foi isso que estive a fazer com os meus colegas Miguel e Ricardo. Li as versões russa e brasileira da história "O Padre Sem Cuidados", adaptações de Alfredo Apell e Sílvio Romero e, a partir de palavras mais difíceis, elaborei alguns trocadilhos:
- Perguntas manhosas são aquelas que se fazem pela manhã.
- Sagacidade significa esperteza, porque existia uma cidade Saga cujos habitantes eram muito espertos.
- O senhor Joaquim ao comer arroz vaporizado ficou todo arrazoado.
- Os almocreves andam de terra em terra a comer almôndegas com trevos.
- Escassa é uma escada feita de massa.
- Lúdica é uma dica cheia de luz.
- Vasconcelos é o Vasco com selos.
Depois lembrámo-nos de jogos para treinar a fala, então, diz muito rápido:
- Quem de vinte cinco tira quantos ficam? (Ficam quinze).
- E o ó que som tem? (Tem o som de ó ou de u)
- O carro de corrida correu na rua com rodas redondas rolou e ravinas rebolou. (Esta também é nossa)
Qual é coisa qual é ela
Tem bigodes e não é homem pequenino pequenino
Rói queijo e rolhas
Corre tanto que não o apanhamos!
(Rato - foi o Miguel Ângelo que inventou esta adivinha)
"Gostas de amoras? Sim.
Vou dizer ao teu pai que namoras!"
Tiago Silva
A Malta do Alcoitão
7 comentários:
Deixo-vos mais jogos de destrava línguas:
Um tigre, dois tigres, três tigres.
O rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia.
Padre Pedro pinta pregos, Padre pedro prega pregos.
Obrigada Diana! Vamos treinar, não são fáceis!
As vossas são muito interessantes.
A última da Diana é para treinar nas férias grandes e não sei se consigo chegar ao fim a dizê-la!!!
O meu contributo é um misto de trava (ou destrava)-línguas fácil e uma charada também fácil.
"Uma meia meia feita, outra meia por fazer, digam-me lá meus senhores quantas meias vêm a ser"
Olá,
aqui vai mais um (para juntar aos vossos) que me ensinou a professora da primária: "O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, o tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem."
Este é fácil.
Beijocas
Boa Lídia, já não me lembrava dessa!
Rui, é apenas meia meia que está feita!!!! Por isso ainda falta meia meia e uma meia completa para termos o par :))))Certo?
Sónia e Tiago
Exactamente!
E, para além de terem acertado, explicaram esta charada da melhor maneira que já me foi dado ouvir (ou ler).
Nós somos assim, Rui!!! Só para acrescentar, o Tiago leu, hoje durante a videoconferência, o conto do Sabetudo sem se enganar uma única vez! Ui a saudade... Amanhã já tenho que lhe dizer adeus!
bj e obrigada pela tua participação no nosso pequeno monumento :)
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