quarta-feira, 22 de junho de 2011

Os Santos Populares e o Nosso Jornal de Parede

O mês de Junho é o mês dos santos populares.
Santo António a 13, São João a 24 e São Pedro a 29.
Sardinha assada, bailes e bailaricos, manjericos que deitam um cheiro bom e versos populares, balões de várias cores, fogueiras, canções e marchas populares fazem parte da tradição portuguesa no mês de Junho.


Santo António nasceu em Lisboa no fim do século XII. O seu verdadeiro nome era Fernando Bolhão (ou de Bulhões) e os seus pais eram ricos.
Aos 20 anos decidiu abandonar a herança dos pais, dedicou-se à religião e passou a pertencer ao clero o que, nessa época, era uma grande honra.
No entanto, começou a ficar cansado de ver tanta falsidade à sua volta e tornou-se padre franciscano, ou seja, toda a sua vida passou a ser dedicada aos mais pobres.
Como sinal da sua dedicação à Igreja, mudou o nome de Fernando para Irmão António e começou a viajar por todo o mundo, tornando-se muito conhecido. Dedicou a sua vida a ajudar os outros de acordo com a maneira de ser dos padres franciscanos.
Também ficou muito conhecido pelas aulas que dava nas Universidades mais conhecidas da Europa.
Ficou conhecido como Santo António de Pádua, porque foi lá que viveu os seus últimos anos e pensa-se que terá morrido em 1231.
O dia de Santo António de Lisboa comemora-se dia 13 de Junho, porque é o dia em que ele morreu.
Ao contrário do que se pensa, Santo António não era namoradeiro nem brincalhão. No entanto, é conhecido como o "santo casamenteiro" e, por esse motivo, celebram-se muitos casamentos nesta altura do ano. Julga-se que houve uma mistura entre as festas pagãs e o Cristianismo. Como este santo é comemorado no início do Verão, numa época relacionada com a fecundidade - quando nascem novos frutos, novos cereais e as pessoas habitualmente celebravam o casamento. Além disso, é conhecido como um santo que ressuscita os mortos, que cura doenças, que assegura e multiplica os mantimentos, que ajuda os marinheiros, que dá felicidade no matrimónio, que encontra as coisas perdidas e que fala com o Menino Jesus.
Em Lisboa, festeja-se o Santo António, desde o século XVI. Havia danças, cortejos e procissões. Todos os bairros da cidade participavam nas festas e tentavam ser os mais vistosos.
É assim que nascem as marchas populares e os acontecimentos que ainda hoje existem.
As "Noivas de Santo António" apareceram em 1950 e tudo começou com o jornal "Diário Popular" que ajudava os mais pobres a fazer uma festa de casamento no dia do santo. Ofereciam o enxoval e os equipamentos domésticos através de vários comerciantes que ganhavam com a publicidade. E assim nasceu mais uma tradição.
Nas noites de Santo António acaba o silêncio na cidade de Lisboa e onde for a festa deste santo há sardinhas assadas, música, manjericos, pão quente, vinho e festa até a manhã chegar.
As crianças de Lisboa costumam pedir na rua "um tostãozinho para o Santo António", pois antigamente os mais novos faziam uns altares onde as pessoas podiam deixar esmolas para o santo ou para as crianças.



CURIOSIDADES:
Para as raparigas verem a cara do rapaz com quem vão casar:
"À meia-noite, a rapariga, num quarto às escuras, diante de um espelho, chama por Santo António sete vezes e acende uma vela... e logo verá reflectido o rosto do homem com quem casará."

Para as raparigas saberem o nome do rapaz com quem vão casar:
"As raparigas, depois de se apagarem as últimas labaredas da fogueira, atiram para as cinzas uma moeda. No outro dia vão buscar o dinheiro e dão-no ao primeiro mendigo que aparece, cujo nome é o nome do homem com quem casarão."


Fizemos quadras dedicadas ao Santo António, manjericos de cartolina e colámos no jornal de parede.
Vamos participar num concurso no Centro de Medicina de Alcoitão, o Pedro vai ler a cantar e já esteve a treinar.

Meu querido Santo António,
Como eu gosto de brincar!
Fui às danças populares
E encontrei lá o meu par!

Gosto muito de ti
Minha princesa do mar.
Quando andas a bailar,
Fico com a cabeça no ar.

Neste lindo Portugal,
Há santos para brincar.
Fui até ao quintal
Só para te ouvir cantar.

Meu Santo Antoninho,
Santo casamenteiro,
Não quero ficar sozinho
Sem amor como o primeiro.

Vítor Frazão

Oh, meu rico Santo António,
Eu perdi o meu amor!
Ajuda-me a encontrá-lo,
Faz-me esse grande favor!


Pedro Romeiro


A Malta do Alcoitão

terça-feira, 21 de junho de 2011

Os Nossos Taumatrópios

Fizemos os nossos taumatrópios com colagens: o Mickey aparece com uma imagem de estrela de circo, a Mafalda dá um beijinho ao Carlinhos e o coração brilha de paixão, o Bart dá um pontapé no mundo.



O Vítor bem tentou mostrar como funciona, a fotógrafa é que não presta e não se percebe bem.


Vítor Frazão e Pedro Romeiro

A Malta do Alcoitão

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Quando os Desenhos Aprenderam a Andar

No dia 8 de Junho, participei numa apresentação de imagens em movimento.


A Raquel e o Nuno, do Centro de Artes - No Mundo da Lua, vieram ao CMRA a convite da professora Sónia e apresentaram o seu trabalho na sala da educação para que todos pudessem participar.
Havia máquinas que se moviam e nós espreitávamos por buracos e frestas e víamos desenhos a mexerem-se.
Os instrumentos de que eu mais gostei e fixei o nome foram o taumatrópio e o zootrópio. Estes dois nomes são difíceis de dizer, mas os outros ainda são mais e não consegui decorar.
Estes brinquedos são muito antigos e apareceram nos séculos XVIII e XIX, antes do cinema.
Vou apresentar os nomes de alguns objectos e o seu significado.
O taumatrópio significa que faz milagres ou maravilha giratória e trata-se de um brinquedo simples, por isso, nós estivemos a fazer alguns com dois discos de cartolina e colagens. Foi divertido! Depois, vamos colocar aqui no nosso blogue.
O zootrópio significa a roda da vida e vem de animal (zoo) e acção de voltar (tropos), foi inventado por William Horner, e lembro-me que o Nuno explicou que as fitas com os desenhos se compravam para se conseguirem observar desenhos diferentes e eram baratas. Ainda vimos o fenacitoscópio ou fantascópio e significa que engana a vista. Tem um espelho onde se reflectem as imagens em movimento.
Gostei muito de espreitar no buraco de uma caixa que tinha uma imagem que ficava de dia e de noite, sempre que o Nuno tapava com uma placa de madeira.
As imagens que vimos foram bailarinas, um esqueleto a dançar e um macaco aos pulos. O Pedro até deu nome aos bonecos, tipo Capitulina, Bonifácio e Gestrudes.

Num "flipbook" - livrinho pequeno com imagens nas folhas e, quando se folheia muito rápido, os desenhos movimentam-se como no cinema - estava um homem barrigudo e, depois, aparecia uma mulher que o abraçava e a barriga desaparecia.

Agradecemos ao Nuno e à Raquel a paciência e o jeito para nos ensinar. Todos os jovens e crianças participaram e gostaram muito. Eu adorei!

Vítor Frazão








A Malta do Alcoitão

terça-feira, 14 de junho de 2011

Festa do Ambiente no Alcoitão

Os nossos colegas da turma PCA1 representam uma peça de teatro adaptada da história Zé Pimpão e Maria dos Olhos Grandes


Os nossos amigos Doutores Palhaços foram uma grande ajuda e são tão divertidos!


Os cenários estavam lindos!



No dia 7 de Junho, comemorámos a vontade de ter um ambiente mais limpo e saudável, no auditório do CMRA.

Achei esta festa o máximo, porque cantámos maravilhosamente no palco. A nossa banda chamava-se "Os Reciclados" e tocámos instrumentos reciclados, feitos com vários materiais como caricas, madeiras, tampas, cartão entre outros. Gostei muito de actuar e de me encontrar com os colegas da turma do PCA1, da Escola Básica dos 2º e 3º ciclos de Alcabideche, com quem fazemos videoconferência todas as semanas. Adorei o teatro que eles representaram que também estava relacionado com o ambiente, pois tinham um cenário lindo com garrafas e garrafões de plástico que parecia um céu luminoso.


Vítor Frazão


Gostei dos palhaços que pertencem à Operação Nariz Vermelho, porque eles têm graça e ajudaram-nos a preparar e a apresentar a festa. Obrigado, Doutores Palhaços!Também gostei do teatro dos nossos colegas: a história do Zé Pimpão e da Maria dos Olhos Grandes que viviam em mundos diferentes, mas eram amigos de verdade. Os cenários estavam lindos!No fim da peça de teatro, fui um bom anfitrião (tive que ir ao dicionário ver o significado desta palavra, porque foi a professora Sónia que disse), pois contei anedotas ao microfone e convidei os colegas a fazerem "beatbox" que é a arte de reproduzir sons de bateria com a voz, com a boca e o nariz. Eles ainda faziam melhor do que eu.


Pedro Romeiro


A Malta do Alcoitão

Blog BoniFrati