segunda-feira, 8 de março de 2010

A Árvore que Gostava de Ser Diferente

(Desenho de Carolina Janeiro - guache sobre tela)

Era uma vez uma árvore que vivia solitária sem amigos e sem família no meio de uma floresta que não tinha árvores.
Um dia, apareceram dois lápis no meio dessa floresta e perguntaram-lhe:
- Por que estás tão triste?
A árvore respondeu:
- Estou triste, porque estou sozinha, queria ser alta, nem gordinha nem magra, com amigos e muitas árvores ao meu redor.
Então um dos lápis disse-lhe:
-Vem comigo que nós resolvemos essa situação, vamos ajudar-te.
Os lápis arrancaram as raízes da árvore, mas eles não sabiam que as árvores morrem sem terra.
Um dos lápis disse:
- A árvore não está a falar!
O outro respondeu:
-Tens razão! Está morta! Não nos lembrámos que as árvores precisam de estar na terra com as suas raízes!!!
Com esperança que a árvore voltasse a viver, colaram as raízes da árvore à terra e emendaram as que estavam estragadas com as suas cores.
Um deles perguntou:
-Será que a nossa amiga árvore vai voltar para junto de nós?
Nesse preciso momento em que o lápis acabou de perguntar isto ao outro lápis, a árvore começou a abrir os olhos e sorriu:
-Estou aqui, não morri, amiguinhos, eu só queria ser diferente, mais alta!
Então os lápis disseram:
-Nós, como somos lápis, vamos desenhar-te.
E assim foi. Desenharam a sua amiga nem muito magra nem muito gorda, alta para ver melhor e mais ao perto as coisas que a rodeavam. Depois, começaram a desenhar frutos, animais, árvores. De repente, a árvore assustou-se!
-Mas eu sou tão alta! Tantos amigos? Eu só queria um amigo. Não precisava de ser tão alta!Quero ser como era!
Perante isto, os lápis foram buscar a sua amiga borracha que apagou tudo o que tinham desenhado para a árvore. Apenas deixaram uma flor para que a árvore, que não sabia o que queria, não ficasse sozinha.
Foram embora um pouco aborrecidos e confusos, mas ficaram amigos na mesma.

Moral da história:

Mais vale sermos como somos, do que sermos diferentes e não gostarmos.

Carolina Janeiro (9 anos)
A Malta do Alcoitão

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