Santo António a 13, São João a 24 e São Pedro a 29.
Sardinha assada, bailes e bailaricos, manjericos que deitam um cheiro bom e versos populares, balões de várias cores, fogueiras, canções e marchas populares fazem parte da tradição portuguesa no mês de Junho.
Santo António nasceu em Lisboa no fim do século XII. O seu verdadeiro nome era Fernando Bolhão (ou de Bulhões) e os seus pais eram ricos.
Aos 20 anos decidiu abandonar a herança dos pais, dedicou-se à religião e passou a pertencer ao clero o que, nessa época, era uma grande honra.
No entanto, começou a ficar cansado de ver tanta falsidade à sua volta e tornou-se padre franciscano, ou seja, toda a sua vida passou a ser dedicada aos mais pobres.
Como sinal da sua dedicação à Igreja, mudou o nome de Fernando para Irmão António e começou a viajar por todo o mundo, tornando-se muito conhecido. Dedicou a sua vida a ajudar os outros de acordo com a maneira de ser dos padres franciscanos.
Também ficou muito conhecido pelas aulas que dava nas Universidades mais conhecidas da Europa.
Ficou conhecido como Santo António de Pádua, porque foi lá que viveu os seus últimos anos e pensa-se que terá morrido em 1231.
O dia de Santo António de Lisboa comemora-se dia 13 de Junho, porque é o dia em que ele morreu.
Ao contrário do que se pensa, Santo António não era namoradeiro nem brincalhão. No entanto, é conhecido como o "santo casamenteiro" e, por esse motivo, celebram-se muitos casamentos nesta altura do ano. Julga-se que houve uma mistura entre as festas pagãs e o Cristianismo. Como este santo é comemorado no início do Verão, numa época relacionada com a fecundidade - quando nascem novos frutos, novos cereais e as pessoas habitualmente celebravam o casamento. Além disso, é conhecido como um santo que ressuscita os mortos, que cura doenças, que assegura e multiplica os mantimentos, que ajuda os marinheiros, que dá felicidade no matrimónio, que encontra as coisas perdidas e que fala com o Menino Jesus.
Em Lisboa, festeja-se o Santo António, desde o século XVI. Havia danças, cortejos e procissões. Todos os bairros da cidade participavam nas festas e tentavam ser os mais vistosos.
É assim que nascem as marchas populares e os acontecimentos que ainda hoje existem.
As "Noivas de Santo António" apareceram em 1950 e tudo começou com o jornal "Diário Popular" que ajudava os mais pobres a fazer uma festa de casamento no dia do santo. Ofereciam o enxoval e os equipamentos domésticos através de vários comerciantes que ganhavam com a publicidade. E assim nasceu mais uma tradição.
Nas noites de Santo António acaba o silêncio na cidade de Lisboa e onde for a festa deste santo há sardinhas assadas, música, manjericos, pão quente, vinho e festa até a manhã chegar.
As crianças de Lisboa costumam pedir na rua "um tostãozinho para o Santo António", pois antigamente os mais novos faziam uns altares onde as pessoas podiam deixar esmolas para o santo ou para as crianças.
CURIOSIDADES:
Para as raparigas verem a cara do rapaz com quem vão casar:
"À meia-noite, a rapariga, num quarto às escuras, diante de um espelho, chama por Santo António sete vezes e acende uma vela... e logo verá reflectido o rosto do homem com quem casará."
Para as raparigas saberem o nome do rapaz com quem vão casar:
"As raparigas, depois de se apagarem as últimas labaredas da fogueira, atiram para as cinzas uma moeda. No outro dia vão buscar o dinheiro e dão-no ao primeiro mendigo que aparece, cujo nome é o nome do homem com quem casarão."
Fizemos quadras dedicadas ao Santo António, manjericos de cartolina e colámos no jornal de parede.
Vamos participar num concurso no Centro de Medicina de Alcoitão, o Pedro vai ler a cantar e já esteve a treinar.
Meu querido Santo António,
Como eu gosto de brincar!
Fui às danças populares
E encontrei lá o meu par!
Gosto muito de ti
Minha princesa do mar.
Quando andas a bailar,
Fico com a cabeça no ar.
Neste lindo Portugal,
Há santos para brincar.
Fui até ao quintal
Só para te ouvir cantar.
Meu Santo Antoninho,
Santo casamenteiro,
Não quero ficar sozinho
Sem amor como o primeiro.
Vítor Frazão
Oh, meu rico Santo António,
Eu perdi o meu amor!
Ajuda-me a encontrá-lo,
Faz-me esse grande favor!
Pedro Romeiro
A Malta do Alcoitão
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