domingo, 14 de setembro de 2008

Quando ir à Escola é um Esforço para Nota Vinte

Mais uma entrevista :)

Desta vez foi no Correio da Manhã!!! 14 Setembro 2008
Educação

"Quando ir à escola é um esforço para nota vinte

Há formas diferentes de ir à escola quando as circunstâncias assim o exigem. Histórias de um aluno internado no hospital, um desportista de topo e uma menina do circo que conhecem outras formas de aprender. E outras escolas, às quais, à maneira deles, se adaptaram. Porque aprender não precisa de ocupar lugar.

Para Rafael, a escola não tem portão. Nem intervalos ou recreio. Amanhã, quando as aulas começarem, ninguém o vai levar à escola porque ele já lá está. Está sempre. É no Hospital Garcia de Orta, em Almada, que o adolescente, de dezasseis anos, passa os dias e as noites desde que, há seis anos, ficou tetraplégico na sequência de uma meningite. É lá que estuda, através de videoconferência – assiste assim às aulas da EB 2,3 de Alcabideche –, e manda por e-mail os trabalhos de casa. Está no 9.º ano. Vê os professores e os colegas e eles vêem-no a ele através da câmara. Do lado de cá do computador está Fátima, a 'incansável' professora de apoio, que todas as tardes o acompanha no espaço que Rafael Ovelheiro já conquistou como seu, ao fundo do corredor da ala de Pediatria e atrás do biombo – que é fechado em redor deles na altura das aulas – e sempre ligado à internet. Com e como ele estão alunos do Centro de Reabilitação de Alcoitão, a assistir às mesmas aulas, a ouvir as mesmas matérias, a acederem à escola fora dela. A história de Rafael não está escrita nos livros – é uma lição de esperança que não se aprende na escola.

'Gosto muito de Matemática, de Inglês não', diz-nos, ao mesmo tempo que salva a ‘Carla’ num jogo de estratégia que o entretém no computador. É através das bochechas, a única parte do corpo que mexe, que vai teclando e descobrindo outros mundos dentro do mundo internet. Os TPC – como qualquer aluno que se preze, não têm a sua simpatia – são feitos ao final da tarde antes de ter via-verde para os jogos, a escrita no blogue pessoal e o msn. Só os jogos do Benfica, clube do qual é sócio, o tiram da frente do computador a ele adaptado. Agora aguarda a entrada numa instituição – agendada para Julho mas até hoje adiada –, altura em que o adeus vai ser sentido à equipa que o tem acompanhado no serviço de Pediatria. Por ora, é lá que a cada dia agarra a vida e lhe dá significado, com o apoio incansável da mãe, Herculina – que todos os dias, mal sai do trabalho, corre para junto do seu ‘menino’ –, e do resto da família. Descrito pela enfermeira-chefe, que o conhece desde que ele ali entrou, como 'uma pessoa que gosta e quer viver', Rafael sonha com o dia em que Diana Chaves – tem pósteres dela espalhados pelo cantinho onde navega na internet –, entre pela porta da ala onde está internado. A actriz já prometeu a visita e ainda não cumpriu mas o adolescente, que a considera 'a mais bonita' das mulheres, continua à espera que ela venha.
Fátima Andrade já estava a caminho dos 30 anos de profissão quando conheceu Rafael Ovelheiro. "Para descansar da escola fui trabalhar como professora para o hospital, mas pensava que ia ter muitos alunos e afinal era só o Rafael", recorda. "Se foi um choque na altura, neste momento ficaria com ele para sempre, já temos uma ligação muito forte, uma amizade e até me esqueço das dificuldades e limitações que ele tem", conta emocionada a professora, admitindo que tem aprendido muito com ele, nomeadamente informática. "Ele é muito bom com os computadores e ensina-me muitas coisas, é um aluno muito esperto e vivo, um lutador", descreve. Há uns dias foram juntos ao cinema, uma das poucas alturas em que Rafael sai do Hospital. É em nome da sétima arte ou do futebol - é um ferranho adepto do Benfica - que abandona as instalações que há quase sete anos são a sua casa. "Também foi ao concerto dos Da Weasel e ao Jardim Zoológico com a família toda", diz a mãe, admitindo que estava "com algum receio de ir ao zoo porque desde a doença ele nunca mais lá tinha voltado". Adorou. E fez um filme com as fotografias que tiraram. Para sempre recordar. "

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A Ovelha Choné

Vamos iniciar o novo ano lectivo! A todos os que me acompanharem nesta viagem, desejo alegria e força para aguentar mais um ano.
Que tal cantarmos com a Ovelha Choné e os seus amigos? Quem não a conhece, passa a conhecer. Shaun the Sheep, em inglês e no original, ao vosso serviço, para vos alegrar os dias mais cinzentos do Outono e do Inverno que se aproximam.



Sónia Bártolo

domingo, 31 de agosto de 2008

As Minhas Férias...

Olá amigos venho contar-vos como tem sido este Verão, visto as férias já estarem a chegar ao fim...

Além de estar quase sempre em frente ao pc a ver mails que vocês me enviam, ouvir música, ver tv, receber algumas visitas...também tenho saído um pouco deste ambiente que é o de viver num Hospital...

Durante estas férias escolares fui ao Museu das Telecomunicações visitar a Casa do Futuro, onde me permitiu ter acesso e conhecimento a novas tecnologias adaptadas à minha situação...foi espectacular!!!

Também fui ver o jogo do Benfica com o Inter de Milão - Eusébio CUP.

E, mais recentemente, fui ao ZOO de Lisboa com alguns membros da minha família e fui de igual modo ao Almada Fórum ver o filme do Walli-e.

Espero que tenham gostado das minhas novidades :)

Até breve amigos.

Rafael

PS - Visitem o meu hi5 que tem todas as fotos...não se esqueçam de comentar. hi5

domingo, 29 de junho de 2008

Daqui a Dois Meses...

Hoje, fecho o blogue a pensar que este post é apenas o começo de um novo ano lectivo daqui a dois meses :) Mas dois meses é muito tempo. Dá para brincar e rir e passear. Esquecer as aulas e os testes. Vou fazer o mesmo. Só não vou esquecer-vos. Impossível! Este vídeo da Rita Redshoes fala do começo de um amor? Para mim, fala de algo que vai começar, por isso não se afastem muito. Este ano termino a pensar no princípio de um novo ano. Talvez de um novo blogue. Que tal Blog da Malta III? Aceitam-se sugestões. Sarokas ainda fazes parte de nós, por isso nada de fugir.
Beijinhos a todos e digam lá que não gostavam de passar umas férias nesta quinta?




Sónia Bártolo

"Fazes muito mais que o Sol!"

A todos os meus alunos, jovens e crianças do Alcoitão, colegas e educadoras, ao Rafa e à Fati agradeço o trabalho de equipa, a amizade e alegria que me proporcionaram. À malta fantástica da Escola de S. João do Estoril e à sua professora dedicada Andreia, faço minhas as palavras do Tiago:
Fizeram-me muito mais que o Sol!!! Um sorriso de amizade e até já ;) Tenham umas óptimas férias!




Sónia Bártolo

quinta-feira, 19 de junho de 2008

A Ovelha, a Lagarta e a Nuvem

Esta foi uma história criada em conjunto, partilhada e orgulhosamente apresentada como símbolo da nossa amizade. Esperemos que gostem.



Era uma vez uma ovelha chamada Lisete que gostava muito das nuvens. Numa manhã de sol e Verão foi para o campo comer ervas e encontrou uma lagarta.
- Olá, como te chamas? – perguntou a Lisete.
- Chamo-me Matilde e gosto de dar abraços aos meus amigos. Também gosto de comer ervinhas como tu. – respondeu a lagarta contente por ter alguém com quem conversar.
- Sabes que queria ser uma nuvem, Matilde?
- Eu cá não!!! Tenho medo das alturas e de voar!
- Ah! Eu não tenho medo de nada! – exclamou a ovelha. – Quando não gosto de uma coisa, respiro fundo.
E Lisete deu um grande suspiro.
- Eu só gostava de poder ser bombeira para apagar os fogos na floresta. No ano passado, apanhei um grande susto com um fogo que houve na floresta onde vivia. – explicou triste a lagarta.
Depois de falarem do que gostavam de ser, foram dormir a sesta. A ovelha sonhou com um lobo bonito e simpático com quem andava a passear nas nuvens. A lagarta teve um grande pesadelo, porque estava no meio de um fogo e não sabia como fugir.
Entretanto, a Matilde acordou aos gritos e a Lisete também acordou com o susto que a sua amiga lhe pregou.
Depois de terem contado os sonhos uma à outra, a Lisete teve uma ideia! As nuvens deitam água. A água apaga o fogo. Então, vamos procurar nuvens e pedir-lhes para serem nossas amigas.
Foram para um monte muito alto e começaram a chamar nuvens.
- Nuvens, nuvens!
Uma nuvem, ao ouvir alguém a chamá-la, logo apareceu:
- Quem me chama?
- Olá senhora nuvem. Nós somos a Lisete e a Matilde e precisamos da tua ajuda. Será que nos podes ajudar?
- Se eu conseguir, sim!
Então a Lisete e a Matilde explicaram o plano delas. Queriam que a senhora Nuvem, com a sua chuva, ajudasse a apagar os incêndios que deflagram nas florestas durante o Verão.
A Sra. Nuvem achou uma óptima ideia e concordou de imediato. Mas, lembrou-se de um pormenor importante. Estávamos no Verão, e, no Verão, as nuvens têm pouca água. Pensou, pensou e logo lhe surgiu uma ideia:
- Vou falar com as minhas amigas nuvens para irmos pedir água aos rios e aos Oceanos!
Assim pensou, assim o fez! Dirigiu-se às suas amigas e juntas foram falar com o Rio.
- Olá Rio!
- Olá Nuvens, por aqui?
- Sim, precisamos da tua ajuda! Gostávamos que nos desses um bocado da tua preciosa água. Será que nos podes ajudar?
- Tenho pena, mas o calor deste Verão secou o meu leito. Os Homens andam a “avariar” o nosso planeta!
Tristes com a notícia, foram falar com a Lisete e a Matilde, que também ficaram desanimadas. Infeliz, a Matilde disse:
- Como é possível os Homens estragarem o que lhes pertence?
Como última hipótese, foram falar com o Oceano que disponibilizou imediatamente a sua água para apagar os fogos. Só havia um pequeno problema:
- Como vamos transportar a água até às florestas? – disse o Oceano. Depois de muito reflectir, a Lisete lembrou-se do seu amigo elefante, o Trombudo…
O elefante Trombudo estava a brincar com a sua amiga Orelhas de Bola a atirarem água um ao outro com as suas trombas.
A Lisete disse logo:
- Não gastem água! Assim, a água acaba! Têm que poupar água! Brinquem de outra maneira!
- Olá elefantes! Venho fazer-vos uma proposta: ajudem-nos a transportar água para apagar os fogos na floresta.
- Embora! - disseram os elefantes brincalhões. - Vamos chamar o resto da nossa manada!
Organizaram-se e convidaram os animais de toda a floresta para participarem nesta tarefa difícil.
Vieram as cobras e os lagartos que tiveram a missão de vigiar o chão da floresta, quando o fogo terminasse. Vieram as aves que ficaram encarregadas de vigiar, no céu, qualquer pontinha de fumo. As nuvens ficaram atentas para choverem sobre as chamas, quando elas aparecessem. Os elefantes irão buscar água ao mar, ao rio e às piscinas das casas e colocam-na em camionetas dos bombeiros.
- Que mais animais poderão ajudar? - perguntou a Orelhas de Bola.
Ao ouvirem tal pergunta, a Lisete e a Matilde tiveram uma óptima ideia.
- E que tal se abríssemos uma escola de bombeiros para ensinar a combater fogos?
Todos concordaram e logo puseram “mãos à obra”. Arranjaram um sítio e construíram uma escola, mas faltava alguma coisa …
- A quem vamos nós ensinar? Não temos alunos!
Então o Orelhas de Bola, lembrou-se do seu amigo Tagarelas, um papagaio muito falado, para fazer publicidade da escola. E assim foi, mal o Tagarela entrou em acção, começaram a chover inscrições. Veio a pelicano, que logo foi admitido, pois o seu bico dava para transportar água e animais pequenos que estivessem em perigo.
A seguir apareceu o rinoceronte. À partida não parecia adequado para ser bombeiro. Como podes ajudar a apagar incêndios? E logo o rinoceronte se defendeu:
- A minha pele é anti-fogo. Aqui as chamas não pegam!
- Boa! - exclamaram os outros animais.
- Eu também posso ajudar - disse a girafa. Posso servir de torre de vigia e avisar sempre que veja fumo.
De seguida, apareceu também o macaco, o papa-fomigas , o papagaio e o elefante.
Todos juntos formaram o “Esquadrão Contra Chamas”. Durante meses treinaram dia e noite, e transformaram-se nos melhores bombeiros das redondezas.
Certo dia, um incêndio deflagrou e logo a girafa deu um alerta e o papagaio fez de sirene para a alertar o “ Esquadrão Contra Chamas“. O Esquadrão preparou-se para combater o fogo. Ao se aperceberem que o fogo era na Floresta da Fantasia, ficaram em pânico. Nem queriam acreditar! Todas as personagens infantis moravam lá e estavam em perigo.
- O que seria do Capuchinho Vermelho se o seu capucho se queimasse? - O que seria do Hansel e Gretel se a casinha de chocolate derretesse? – questionou a Lisete .
- O que seria do Tarzan sem as árvores para saltar? - perguntou o Macaco.
- Não podemos deixar que a floresta arda. Temos que agir depressa.
Foram todos para a Floresta da Fantasia tentar apagar as chamas.
Quando lá chegaram, o elefante com tromba cheia de água apagou um terço do incêndio.
Também o pelicano ajudou, despejando a água que tinha no bico e logo surgiu o Papa Formigas que também quis ajudar. Todos juntos lutaram corajosamente. Quando o fogo foi combatido, surgiu do meio da floresta, o Rinoceronte carregando às costas o Tarzan, o Capuchinho Vermelho e o Lobo Mau, os três Porquinhos, o Hansel e a Gretel.
As personagens infantis ficaram tão agradecidas que decidiram inventar uma história para que o “Esquadrão Contra Chamas” pudesse viver na floresta encantada. Então, inventaram uma história de animais - “A Arca de Noé”.
A partir deste dia, viveram todos na Floresta da Fantasia, felizes por terem conseguido salvar as histórias infantis e, ao mesmo tempo, a magia e os sonhos das crianças.


Trabalho realizado em equipa pelos jovens do Hospital de Alcoitão e alunos da E.B.1 de S.João do Estoril, turma do 3º/4º A

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Festas dos Santos Populares

Quadras populares
A Joana Cardoso esteve com a professora Inês à procura no google de quadras populares e das representações dos nossos santos. De que santo gostam mais?



A treze temos Santo António
A vinte e quatro S. João
A vinte e nove S. Pedro
E recebemo-los com uma grande comemoração.




S. Pedro com as chaves do céu
Com o cordeiro S. João
E S. António
Com o menino na mão.

Santo António sem mexericos
E toda gente a saltar
Enfeitado de manjericos
Que eu vou comprar.

Joana Cardoso
A malta do Alcoitão
Blog BoniFrati