terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Animais Raros: Quivi

Apteryx owenii é o nome científico do quivi. O quivi não voa, é noctívago, ou seja, tem hábitos nocturnos e vive em buracos na terra. Esta ave é a mais pequena das aves não voadoras e não nadadoras.
Apresenta um corpo peludo, aproximadamente do tamanho de uma galinha, tem o bico comprido e fino, com narinas nas extremidades, pés com garras fortes, 4 tornozelos e asas atrofiadas. Dentro desta família existem vários géneros.
São monogâmicos, pois acasalam sempre com o mesmo par. O acasalamento dá-se de Março a Junho e o par fica no ninho chocando o ovo. Só põem um ovo por ano que é dez vezes maior que o ovo de uma galinha e pesa aproximadamente 450 gramas.
Para se alimentarem usam o sentido do olfacto, são omnívoros, pois comem sementes, fruta, pequenos vermes e larvas de insectos.

Habitat:
Nova Zelândia, Oceânia.

Ameaças:
Há 200 anos os quivis viviam nas florestas da Nova Zelândia, ouviam-se os seus sons durante toda a noite.
É uma ave ameaçada pelos predadores que antes não existiam na Nova Zelândia. Entretanto, os seres humanos foram trazendo novos animais para esta região como cães, gatos, porcos que matam e comem os quivis. As doninhas, furões e arminhos são ameaças.

Felizmente existe uma Associação para a defesa do quivi: BNZ.
Este é o endereço da BNZ que podemos consultar na internet para saber como salvar o quivi:
http://www.savethekiwi.org.nz/home.html

Curiosidade:
O Quivi é o símbolo da Nova Zelândia e do seu povo. Simboliza a magia dos nativos e representa a sorte, o amor e a felicidade dos povos da ilha.


Tiago Silva

A Malta do Alcoitão

Karingana ua Karingana


Em Moçambique, antes de o contador de histórias contar um conto, ele pergunta:
Karingana ua Karingana? E nós respondemos: Karingana! E o conto começa...

Um Conto Tradicional Africano

Era uma vez três aldeias em África, mais propriamente em Moçambique, que eram governadas por três chefes: o Sabe Tudo, o Sabe Nada e o Se Fosse Eu.
Um dia o Sabe Tudo dirigiu-se à aldeia do Sabe Nada para trocar alimentos e encontrou-o muito triste. Perguntou-lhe o que se passava e o Sabe Nada contou-lhe que todas as semanas passava uma manada de gazelas pela sua plantação e destruía tudo.
O Sabe Tudo disse-lhe:
- Sou o Sabe Tudo e tenho poderes mágicos, por isso posso ajudar-te. Leva-me à tua plantação!
Quando lá chegaram, o Sabe Tudo lançou uns pozinhos sobre a terra, disse umas palavras, virou-se para o Sabe Nada e pediu-lhe:
- Vou-me embora, mas estarei aqui dentro de alguns dias.
Quando as gazelas passarem, vão cair mortas no chão e terás finalmente a paz nos teus campos cultivados. Promete-me que guardas para mim a maior gazela de todas. Depois passarei por aqui para a levar para a minha casa.
Assim foi. Quando as gazelas passaram caíram mortas no chão e foi uma grande festa na aldeia do Sabe Nada.
O Se Fosse Eu ouviu os sons dos tambores, as vozes e as fogueiras à noite e ficou curioso.
Resolveu ir ter com o Sabe Nada para investigar o que se tinha passado.
O Sabe Nada contou-lhe. Então o Se Fosse Eu aconselhou-o:
- Se fosse eu não dava ao Sabe Tudo a maior gazela.
Ele nunca saberá se é realmente a maior ou não. Dás-lhe uma qualquer e ficas com a maior.
O Sabe Nada assim fez. Deu ouvidos ao Se Fosse Eu e, quando o Sabe Tudo voltou à sua aldeia para receber o seu presente, entregou-lhe outra gazela que não era a maior, pois essa tinha guardado para si.
O Sabe Tudo como sabia tudo percebeu a mentira e a traição de quem tinha ajudado e, revoltado, fez com que a maldição regressasse à aldeia do Sabe Nada.
Ainda ouviu o Sabe Nada dizer:
- Foi Se Fosse Eu que me aconselhou. Desculpa!
Mas o Sabe Tudo virou-lhe as costas e perguntou:
- Se fosse eu… Por que não pensaste pela tua cabeça?
Moral da história:
Quem tudo quer tudo perde.
Quem vai na cantiga dos outros nem sempre é bem servido.

Observação:
Este conto foi contado pelo Mussá, contador de histórias da Fundação do Gil, e recontado pelo Tiago. Foram feitas algumas alterações, pois “quem conta um conto acrescenta um ponto”.

Tiago Silva
A Malta do Alcoitão

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Animais Raros: o Diabo da Tasmânia

Diabo da Tasmânia

Sarcophilus harrisii

O maior dos marsupiais mamífero foi extinto na Austrália há 600 anos, no entanto sobrevive na Ilha da Tasmânia.
É um animal de aparência robusta, com pelagem castanha excepto na zona do peito onde tem uma mancha branca. A cabeça é grande, com orelhas arredondadas e nariz afilado. Os músculos das mandíbulas são bastante poderosos e, em conjunto com os dentes molares especialmente adaptados, permitem esmagar ossos. O tamanho destes animais varia bastante consoante o habitat e a dieta, mas os maiores atingem 80 cm de comprimento e 12 kg de peso. As fêmeas são normalmente maiores do que os machos.
As ninhadas de 2 ou 3 crias nascem em Abril, ao fim de 21 dias de gestação e, depois, vivem aproximadamente os 4 meses seguintes dentro dos marsúpios (as bolsas na barriga das mães).
São animais carnívoros e alimentam-se de wombats (parecem pequenos ursos) e wallabees (pequenos cangurus) - marsupiais também. Nas fases em que há falta de alimentos, comem insectos, cobras e também plantas e animais já mortos em decomposição.
São extremamente ferozes uns com os outros e com outros animais. Dão gritos e grunhidos fortes que assustam, por isso o nome de diabo.
O seu habitat natural fica na Ilha da Tasmânia, na Oceânia.
As causas do seu desaparecimento são desconhecidas, mas pensa-se que tenha sido influenciado pela introdução do dingo - uma subespécie de lobo, assim como o cão doméstico. Quando os dingos foram trazidos pelos colonos da Austrália, começaram a matar os rebanhos de ovelhas e outros animais domésticos, por isso passaram também a ser perseguidos e caçados como uma ameaça.
O Diabo da Tasmânia foi utilizado pela Warner Bros que criou o boneco TAZ.


Tiago Silva

A Malta do Alcoitão

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Parabéns, Rafa!

Parabéns, Rafa! Oferecemos-te uma águia, porque sabemos da tua paixão pelo Benfica :)
Ela é forte e corajosa como tu!
Eu também sou do Benfica (Tiago), por isso estou do teu lado.
Até breve!

Um beijo da prof. Sónia e um abraço do Tiago.
A Malta do Alcoitão deseja-te as melhoras e envia-te um grande beijo de parabéns (educadoras e auxiliares de educação)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Uma História Original

A História do Pirata da Perna de Pau

Era uma vez um pirata de perna de pau e de mão de ferro e uma vez o pirata encontrou um menino. O menino olhou para o pirata e foi chamar a polícia e a polícia meteu o pirata na prisão.
Um dia estava muito sol e o menino foi dar um mergulho à piscina, enquanto o polícia soltava o pirata. O pirata foi embora para o seu barco. Fugiu da Austrália e foi para Portugal e o menino foi de avião também para Portugal. O menino chamava-se Miguel Ângelo e o pirata chamava-se Tiago Silva.

Miguel Ângelo

A Malta do Alcoitão

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Trocas e Baldrocas

Desenho de Gustave Doré

Estou a aprender as características do conto popular:

  • o autor é o narrador/contador que os transmite de geração em geração;
  • normalmente, há várias versões de um conto, como nos mostra o provérbio «quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto»;
  • escritores como Almeida Garrett, Teófilo Braga, Adolfo Coelho, Consiglieri Pedroso e José Leite Vasconcelos passaram-nos à escrita;
  • são narrativas breves e simples, com um pequeno número de personagens-tipo, designadas pela sua função social, pela sua função profissional ou por certos atributos;
  • a acção decorre num passado indefinido e num espaço indeterminado;
    têm uma função moralizante e, por vezes, lúdica;
  • é utilizada uma linguagem simples, de nível popular, e verifica-se o recurso a repetições de palavras e expressões que facilitam a memorização da narrativa;
  • a simbologia é um aspecto importante, como, por exemplo, o recurso aos números três e sete, a monstros, palácios, reis, príncipes e princesas.

A literatura tradicional de transmissão oral também é composta por provérbios, adivinhas, canções, lengalengas e jogos de palavras. Foi isso que estive a fazer com os meus colegas Miguel e Ricardo. Li as versões russa e brasileira da história "O Padre Sem Cuidados", adaptações de Alfredo Apell e Sílvio Romero e, a partir de palavras mais difíceis, elaborei alguns trocadilhos:

  1. Perguntas manhosas são aquelas que se fazem pela manhã.
  2. Sagacidade significa esperteza, porque existia uma cidade Saga cujos habitantes eram muito espertos.
  3. O senhor Joaquim ao comer arroz vaporizado ficou todo arrazoado.
  4. Os almocreves andam de terra em terra a comer almôndegas com trevos.
  5. Escassa é uma escada feita de massa.
  6. Lúdica é uma dica cheia de luz.
  7. Vasconcelos é o Vasco com selos.

Depois lembrámo-nos de jogos para treinar a fala, então, diz muito rápido:

  • Quem de vinte cinco tira quantos ficam? (Ficam quinze).
  • E o ó que som tem? (Tem o som de ó ou de u)
  • O carro de corrida correu na rua com rodas redondas rolou e ravinas rebolou. (Esta também é nossa)

Qual é coisa qual é ela

Tem bigodes e não é homem pequenino pequenino

Rói queijo e rolhas

Corre tanto que não o apanhamos!

(Rato - foi o Miguel Ângelo que inventou esta adivinha)

"Gostas de amoras? Sim.

Vou dizer ao teu pai que namoras!"

Tiago Silva

A Malta do Alcoitão

domingo, 20 de dezembro de 2009

Festas em Paz

A todos os que me acompanharam durante o 1º período: um grande abraço e esta música linda de Natal, versão dos Low, cujo vídeo me lembra algumas das nossas actividades.



Sónia Bártolo
A Malta do Alcoitão

Blog BoniFrati