domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Ornitorrinco

O nome científico é o seguinte: Ornithorhynchus anatinus.
O ornitorrinco parece um pato e ao mesmo tempo um castor. Possui hábitos nocturnos. É carnívoro, pois alimenta-se de insectos, vermes e crustáceos de água doce.
Possui diversas adaptações para a vida em rios e lagoas, como por exemplo, as membranas interdigitais (como as de um pato), mais salientes nas patas dianteiras e a cauda semelhante à de um castor que serve de leme. Vive em lagos da zona este do continente australiano e também na Ilha da Tasmânia
É um animal mamífero ovíparo (tal como as várias espécies do género da Equidna), cuja fêmea põe cerca de dois ovos que incuba durante aproximadamente dez dias em ninhos especialmente construídos.
A fêmea não possui mamas e o leite é directamente lambido dos poros e sulcos abdominais.
Os machos têm esporões venenosos nas patas e são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores.
Encontra-se em vias de extinção devido
  • à introdução de novos predadores na Austrália, como a raposa;
  • à sua timidez que não suporta perturbações;
  • à poluição das águas que são o seu habitat.
Curiosidades

O ornitorrinco é o símbolo nacional da Austrália.

Aparece como mascote em competições e eventos e numa das faces da moeda de vinte cêntimos do dólar australiano.

Oferece a sua figura inteligente e divertida a Perry, o Ornitorrinco, que é o ornitorrinco de estimação de “Phineas e Ferb” – um agente secreto que vive uma vida dupla.

Tiago Silva, Maria Inês e Carolina Janeiro
A Malta do Alcoitão

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A Equidna

A equidna é um animal raro, porque é um dos únicos mamíferos que são ovíparos.

Nome científico: Tachyglossidae.
A equidna parece exteriormente um ouriço, com o corpo coberto de espinhos e pelagem dura. A boca é pequena e não tem dentes, mas, em compensação, tem uma língua comprida e pegajosa com a qual apanha o alimento.
Os ovos são incubados numa bolsa situada na zona ventral da fêmea. Ao final de 10 dias (aproximadamente), os ovos chocam e as crias alimentam-se de leite materno que sugam através de poros. Ao contrário dos outros mamíferos, as fêmeas da equidna, como as do ornitorrinco, não possuem mamilos.
Trata-se de um animal bastante adaptável ao meio ambiente: as populações residentes em zonas montanhosas hibernam no Inverno, enquanto que as que vivem em zonas desérticas estão pouco activas no Verão.
Alimenta-se de formigas e térmitas (formigas gigantes).
A equidna é um animal solitário e de hábitos noturnos. Evita contacto com outros membros da sua espécie fora da época de reprodução. Não são territoriais e andam constantemente em busca de alimento. O seu sentido da visão é extremamente apurado. Quando se sente em perigo,
enrola-se sobre si própria para proteger a barriga com a parte espinhosa. Pode também escavar um buraco com rapidez, conseguindo esconder-se totalmente em pouco tempo.
Vive na Austrália e na Nova Guiné.

Curiosidades:
A equidna está no verso da moeda de 5 cêntimos da Austrália.
Há uma equidna na série de jogos Sonic the Hedgehog, chamado Knuckles, com pele vermelha, espinhos nas mãos (daí o nome Knuckles) e cabelos lembrando dreadlocks (habitualmente, chamadas "rastas").
A equidna foi mascote das Olimpíadas de Sidney, em 2000. O seu nome era Millie.





Tiago Silva e Maria Inês

A Malta de Alcoitão

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Publicidade "Quivi"

A partir do estudo do quivi, criei um logotipo e um cartaz publicitário.

Podem comprar o QUIVI, é mesmo de confiança!


Tiago Silva

A Malta do Alcoitão

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Animais Raros: Quivi

Apteryx owenii é o nome científico do quivi. O quivi não voa, é noctívago, ou seja, tem hábitos nocturnos e vive em buracos na terra. Esta ave é a mais pequena das aves não voadoras e não nadadoras.
Apresenta um corpo peludo, aproximadamente do tamanho de uma galinha, tem o bico comprido e fino, com narinas nas extremidades, pés com garras fortes, 4 tornozelos e asas atrofiadas. Dentro desta família existem vários géneros.
São monogâmicos, pois acasalam sempre com o mesmo par. O acasalamento dá-se de Março a Junho e o par fica no ninho chocando o ovo. Só põem um ovo por ano que é dez vezes maior que o ovo de uma galinha e pesa aproximadamente 450 gramas.
Para se alimentarem usam o sentido do olfacto, são omnívoros, pois comem sementes, fruta, pequenos vermes e larvas de insectos.

Habitat:
Nova Zelândia, Oceânia.

Ameaças:
Há 200 anos os quivis viviam nas florestas da Nova Zelândia, ouviam-se os seus sons durante toda a noite.
É uma ave ameaçada pelos predadores que antes não existiam na Nova Zelândia. Entretanto, os seres humanos foram trazendo novos animais para esta região como cães, gatos, porcos que matam e comem os quivis. As doninhas, furões e arminhos são ameaças.

Felizmente existe uma Associação para a defesa do quivi: BNZ.
Este é o endereço da BNZ que podemos consultar na internet para saber como salvar o quivi:
http://www.savethekiwi.org.nz/home.html

Curiosidade:
O Quivi é o símbolo da Nova Zelândia e do seu povo. Simboliza a magia dos nativos e representa a sorte, o amor e a felicidade dos povos da ilha.


Tiago Silva

A Malta do Alcoitão

Karingana ua Karingana


Em Moçambique, antes de o contador de histórias contar um conto, ele pergunta:
Karingana ua Karingana? E nós respondemos: Karingana! E o conto começa...

Um Conto Tradicional Africano

Era uma vez três aldeias em África, mais propriamente em Moçambique, que eram governadas por três chefes: o Sabe Tudo, o Sabe Nada e o Se Fosse Eu.
Um dia o Sabe Tudo dirigiu-se à aldeia do Sabe Nada para trocar alimentos e encontrou-o muito triste. Perguntou-lhe o que se passava e o Sabe Nada contou-lhe que todas as semanas passava uma manada de gazelas pela sua plantação e destruía tudo.
O Sabe Tudo disse-lhe:
- Sou o Sabe Tudo e tenho poderes mágicos, por isso posso ajudar-te. Leva-me à tua plantação!
Quando lá chegaram, o Sabe Tudo lançou uns pozinhos sobre a terra, disse umas palavras, virou-se para o Sabe Nada e pediu-lhe:
- Vou-me embora, mas estarei aqui dentro de alguns dias.
Quando as gazelas passarem, vão cair mortas no chão e terás finalmente a paz nos teus campos cultivados. Promete-me que guardas para mim a maior gazela de todas. Depois passarei por aqui para a levar para a minha casa.
Assim foi. Quando as gazelas passaram caíram mortas no chão e foi uma grande festa na aldeia do Sabe Nada.
O Se Fosse Eu ouviu os sons dos tambores, as vozes e as fogueiras à noite e ficou curioso.
Resolveu ir ter com o Sabe Nada para investigar o que se tinha passado.
O Sabe Nada contou-lhe. Então o Se Fosse Eu aconselhou-o:
- Se fosse eu não dava ao Sabe Tudo a maior gazela.
Ele nunca saberá se é realmente a maior ou não. Dás-lhe uma qualquer e ficas com a maior.
O Sabe Nada assim fez. Deu ouvidos ao Se Fosse Eu e, quando o Sabe Tudo voltou à sua aldeia para receber o seu presente, entregou-lhe outra gazela que não era a maior, pois essa tinha guardado para si.
O Sabe Tudo como sabia tudo percebeu a mentira e a traição de quem tinha ajudado e, revoltado, fez com que a maldição regressasse à aldeia do Sabe Nada.
Ainda ouviu o Sabe Nada dizer:
- Foi Se Fosse Eu que me aconselhou. Desculpa!
Mas o Sabe Tudo virou-lhe as costas e perguntou:
- Se fosse eu… Por que não pensaste pela tua cabeça?
Moral da história:
Quem tudo quer tudo perde.
Quem vai na cantiga dos outros nem sempre é bem servido.

Observação:
Este conto foi contado pelo Mussá, contador de histórias da Fundação do Gil, e recontado pelo Tiago. Foram feitas algumas alterações, pois “quem conta um conto acrescenta um ponto”.

Tiago Silva
A Malta do Alcoitão

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Animais Raros: o Diabo da Tasmânia

Diabo da Tasmânia

Sarcophilus harrisii

O maior dos marsupiais mamífero foi extinto na Austrália há 600 anos, no entanto sobrevive na Ilha da Tasmânia.
É um animal de aparência robusta, com pelagem castanha excepto na zona do peito onde tem uma mancha branca. A cabeça é grande, com orelhas arredondadas e nariz afilado. Os músculos das mandíbulas são bastante poderosos e, em conjunto com os dentes molares especialmente adaptados, permitem esmagar ossos. O tamanho destes animais varia bastante consoante o habitat e a dieta, mas os maiores atingem 80 cm de comprimento e 12 kg de peso. As fêmeas são normalmente maiores do que os machos.
As ninhadas de 2 ou 3 crias nascem em Abril, ao fim de 21 dias de gestação e, depois, vivem aproximadamente os 4 meses seguintes dentro dos marsúpios (as bolsas na barriga das mães).
São animais carnívoros e alimentam-se de wombats (parecem pequenos ursos) e wallabees (pequenos cangurus) - marsupiais também. Nas fases em que há falta de alimentos, comem insectos, cobras e também plantas e animais já mortos em decomposição.
São extremamente ferozes uns com os outros e com outros animais. Dão gritos e grunhidos fortes que assustam, por isso o nome de diabo.
O seu habitat natural fica na Ilha da Tasmânia, na Oceânia.
As causas do seu desaparecimento são desconhecidas, mas pensa-se que tenha sido influenciado pela introdução do dingo - uma subespécie de lobo, assim como o cão doméstico. Quando os dingos foram trazidos pelos colonos da Austrália, começaram a matar os rebanhos de ovelhas e outros animais domésticos, por isso passaram também a ser perseguidos e caçados como uma ameaça.
O Diabo da Tasmânia foi utilizado pela Warner Bros que criou o boneco TAZ.


Tiago Silva

A Malta do Alcoitão
Blog BoniFrati