segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Poema em Construção

OUTONO

Tarde
fresca
Por não sei que magia.
Nunca vi tanta folha
Tão castanha!
Se é de morte ou de vida,
Não é estranha.
Eu, simplesmente,
sei
Que há tanta alegria
Neste Outono,
Que o mundo me trazia
Vestido por ciganas latinas,
E que gosto de o ver, e me
agradava
Ter folhas, como as árvores.


Tiago Silva

OUTONO

Tarde de Outono
Por não sei que tanto bocejo.
Nunca vi tanta folha
Tão grande!
Se é de morte ou de estação,
Não é de Verão.
Eu, simplesmente, não sei
Que há tanta folha
Neste local,
Que o mundo me dizia
Vestido por ciganas gordinhas,
E que gosto de o ver, e me tocava
Ter folhas, como as plantas.


Pedro Dantas

As palavras mais "negritas" são as que nós inventámos. Afinal o poema original é outro! Que acham dos nossos?

OUTONO

Tarde pintada
Por não sei que pintor.
Nunca vi tanta cor
Tão colorida!
Se é de morte ou de vida,
Não é comigo.
Eu, simplesmente, digo
Que há tanta fantasia
Neste dia,
Que o mundo me parece
Vestido por ciganas adivinhas,
E que gosto de o ver, e me apetece
Ter folhas, como as vinhas.

Miguel Torga,
in Diário X, (1968)


A Malta do Alcoitão

2 comentários:

dianapita disse...

Gosto muito dos vossos poemas e vou COPIAR a ideia...

Beijinhos a todos

Diana

SaraCosta disse...

Temos poetas...

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