OUTONO
Tarde fresca
Por não sei que magia.
Nunca vi tanta folha
Tão castanha!
Se é de morte ou de vida,
Não é estranha.
Eu, simplesmente, sei
Que há tanta alegria
Neste Outono,
Que o mundo me trazia
Vestido por ciganas latinas,
E que gosto de o ver, e me agradava
Ter folhas, como as árvores.
Tiago Silva
OUTONO
Tarde de Outono
Por não sei que tanto bocejo.
Nunca vi tanta folha
Tão grande!
Se é de morte ou de estação,
Não é de Verão.
Eu, simplesmente, não sei
Que há tanta folha
Neste local,
Que o mundo me dizia
Vestido por ciganas gordinhas,
E que gosto de o ver, e me tocava
Ter folhas, como as plantas.
Pedro Dantas
As palavras mais "negritas" são as que nós inventámos. Afinal o poema original é outro! Que acham dos nossos?
OUTONO
Tarde pintada
Por não sei que pintor.
Nunca vi tanta cor
Tão colorida!
Se é de morte ou de vida,
Não é comigo.
Eu, simplesmente, digo
Que há tanta fantasia
Neste dia,
Que o mundo me parece
Vestido por ciganas adivinhas,
E que gosto de o ver, e me apetece
Ter folhas, como as vinhas.
Miguel Torga,
in Diário X, (1968)
A Malta do Alcoitão
2 comentários:
Gosto muito dos vossos poemas e vou COPIAR a ideia...
Beijinhos a todos
Diana
Temos poetas...
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