quinta-feira, 3 de abril de 2008

A Alice na Minha Cabeça

Gostei muito de ouvir a história "Alice no País das Maravilhas" contada pelo Carlos da Fundação do Gil! A Alice é teimosa, curiosa e aborrecida, porque está sempre a fazer perguntas, por isso ia ficando sem cabeça. A minha personagem preferida desta história é a Rainha. Ela é má e há tantas pessoas boas que até enjoa. Gosto mais de pessoas más, pois são divertidas e cómicas como, por exemplo, os ladrões do filme "Sozinho em Casa". Não gosto da Alice. Está sempre a perguntar "porquê?", parece a professora Sónia e, às vezes, também me apetece mandar cortar a sua cabeça para não ter que responder.
Andei à procura na internet de imagens sobre esta obra e descobri este sítio com fotografias trabalhadas que adorei!!! São de uma artista chamada Helena Barros. A professora Sónia disse que só podia pôr 2 imagens, mas gostei de todas.

Escolhi a imagem da rainha que sou eu. E uma imagem da Alice a espreitar a toca do coelho apressado.

Pesquisa efectuada em

www.google.com

http://www.helenbar.com/art/wonderland.htm

Aidinha Janice (13 anos)

A Malta do Alcoitão

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Dia Internacional do Livro Infantil

Hoje foi um dia em cheio de histórias! Fizemos a comunicação com o Rafa e todos os jovens do CMRA estiveram presentes para ouvir a professora Fátima contar a história do nascimento deste dia. Sabemos que eles vão escrever um post, aqui, sobre este assunto, por isso não podemos contar.
A Djelissa narrou a história do "Patinho Feio" e a Cristiana a de uma Branca de Neve do século XXI que até tinha um estojo de maquilhagem. Cada um disse qual era a história da sua vida. Então, aqui segue o registo:
Cristiana - "A Bela e o Monstro" (5 anos)
Samuel - "Ruca" (2 anos)
Djelissa - "Os Três Porquinhos" (10 anos)
Aidinha - "A Fada Oriana" (13 anos)
Paulo - "Tarzan, o Rei da Selva" (15 anos)
Vera - "Noddy" (4 anos)
Educadora Susana - "Pedro e o Lobo"
Professora Sónia - "Alice no País das Maravilhas"
Os outros não quiseram responder... Mas ainda vão a tempo de pensar.
Depois, tivemos a maior das surpresas: apareceu o Carlos, da Fundação do Gil, e contou-nos tantas histórias divertidas e com tantos sustos pelo meio que foi um fartote de riso! A última história foi "Alice no País das Maravilhas" com a ajuda preciosa de um livro 3D com uns desenhos que só apetecia mexer... Adorámos a nossa tarde! Obrigado, Carlos!

Para terminar, deixo-vos um filme em que José Saramago conta uma história através de imagens animadas e sem palavras. Queres contar tu esta história?



Sónia Bártolo
A Malta do Alcoitão

terça-feira, 1 de abril de 2008

"Como um Romance"

A verdade é para ser dita! Quando cheguei à escola, tive que substituir uma colega em falta - são as ASAPs. Por acaso detesto siglas, ou, se a nova terminologia (a famosa TLEBS) estivesse em vigor chamar-se-ia acrónimo, e fazer substituições para implementar o PNL (esta, sim, uma sigla) não é pêra doce. O gosto de ler não se ensina, não se impõe... Constrói-se desde os tenros anos da nossa existência. Ou nasce connosco e sobrevive-nos na morte. Lembro-me sempre das palavras de Daniel Pennac, no seu famoso livro "Como um Romance":

«O verbo ler não suporta o imperativo. É uma aversão que compartilha com outros: o verbo ""amar""... o verbo "sonhar"...
É evidente que se pode sempre tentar. Vejamos: "Ama-me!" "Sonha!" "Lê!" "Lê, já te disse, ordeno-te que leias!"
_Vai para o teu quarto e lê!
Resultado?
Nada.»
No entanto, as regras existem e devem ser cumpridas, mesmo que tenhamos que fazer das tripas coração. A turma, algo buliçosa, trazia os livros, só não trazia na mochila a vontade de ler! Apesar dessa falta de vontade que não se consegue registar no livro de ponto, alguns até leram e fizeram os trabalhos de uma qualquer disciplina. O Luís Silva tinha em cima da mesa "O Principezinho" de Saint-Exupéry. Peguei no livro e comecei a ler para um grupo de três rapazes. Pedi-lhes que desenhassem, enquanto lia. Não cheguei à parte em que aparece a famosa raposa, porque, pelo meio, discutimos alguns desenhos e assuntos relacionados com a história e havia toda uma turma desconhecida para controlar.
Aqui seguem dois desenhos que não sei muito bem que relação têm com o aviador que se despenhou no deserto ou com o rapazinho misterioso e o seu insistente pedido para desenhar uma ovelha. A verdade, e hoje é dia das mentiras, é que mostraram interesse pela obra. Resta a esperança de que, pelo menos o Luís Silva, sinta a vontade de continuar a ler o seu livro.


O desenho do Luís Silva


O desenho do António (ambos alunos do 7º B da Escola Básica 2º e 3º ciclos de Alcabideche)

Sónia Bártolo

segunda-feira, 31 de março de 2008

Hora de Verão



A malta do Alcoitão

quarta-feira, 19 de março de 2008

Artista entre Nós


O Tomás da Escola Básica nº 1 de S. João do Estoril fez os desenhos da minha pessoa e do Carlos! Parabéns Tomás, és um verdadeiro artista, conseguiste captar algumas particularidades das nossas caras :) Já tenho o computador, no Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão, preparado para começarmos o 3º período em cheio. Entretanto, desejo-vos umas óptimas férias recheadas de chocolate e folares. Espero fazer-vos outra visita em breve. Obrigada Tomás pelos desenhos!
Temos que pedir internet para a vossa escola... Assim, vocês poderiam trabalhar no blogue mais facilmente.
Beijos e abraços da Malta do Alcoitão

Sónia Bártolo

segunda-feira, 10 de março de 2008

O Meu 1º Trabalho em Power Point

Li um texto sobre os animais em vias de extinção, as causas e as consequências desta tragédia que afecta o nosso planeta. A professora Sónia pediu-me para escolher um animal de uma lista com imagens de animais em vias de extinção, como por exemplo, o lobo, o tigre, o elefante e o golfinho. Escolhi o golfinho, porque em S. Tomé existem golfinhos e lembro-me de os ver, quando há grandes chuvadas.
Trabalhei, pela primeira vez no programa Power Point. É muito interessante! Gosto mais do que escrever só texto.




A Malta de Alcoitão

sábado, 23 de fevereiro de 2008

A Propósito dos Sentimentos

Apesar de ser enorme, não resisti a postar este texto que a Catarina (educadora estagiária) me trouxe e que achei muito divertido e resolvi chamar "O Jogo das Escondidas".

Consta que, há muitos anos, se reuniram, num determinado ponto da terra, todos os sentimentos, qualidades e defeitos do ser humano.
Quando o ABORRECIMENTO tinha já reclamado, a LOUCURA, como sempre tão louca, propôs
_Vamos brincar às escondidas?
A DESCONFIANÇA levantou, intrigada, a sobrancelha e a CURIOSIDADE, sem se poder conter, perguntou:
_Às escondidas? Mas como é isso?
_É um jogo - explicou a LOUCURA - em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão, isto enquanto vocês se escondem. Quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar, ocupará o meu lugar para continuar o jogo.
Logo o ENTUSIASMO dançou de alegria, seguido pela EUFORIA. A VERDADE deu tantos saltos que acabou por convencer a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada.
Porém, nem todos quiseram participar. A VERDADE preferiu não se esconder.
_ Para quê? - interrogou-se - se, no final, todos me encontram?
A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era a ideia não ter sido dela). A COBARDIA preferiu não arriscar...
_Um, dois, três, quatro… - começou a contar a LOUCURA.
A primeira a esconder-se foi a PRESSA que, como sempre caiu na primeira pedra do caminho. A FÉ subiu ao céu e a INVEJA escondeu-se atrás da sombra do TRIUNFO que, com o seu próprio esforço, tinha conseguido subir ao cimo da árvore mais alta. A GENEROSIDADE quase não conseguiu esconder-se, pois, cada local que encontrava, parecia-lhe maravilhoso para oferecer a alguns dos seus amigos: se era um lago cristalino, seria ideal para a BELEZA; se era a copa de
uma de uma árvore, seria perfeito para a TIMIDEZ; um voo de borboletas, sem dúvida, o melhor para a VOLÚPIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE; acabou por se esconder num raio de sol. O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom
desde o início. Ventilado, cómodo, mas apenas para ele. A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (era mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris), a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões. O ESQUECIMENTO, desconhece-se onde se terá escondido. Mas isso nem sequer é o mais importante
Quando a LOUCURA estava já no 999 999, o AMOR ainda não havia encontrado um local para se esconder, pois todos já estavam ocupados, até que encontrou uma rosa e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre as suas pétalas.
_Um milhão - acabou por contar a LOUCURA. E logo começou a busca.
A primeira a ser encontrada foi a PRESSA, apenas a três passos da pedra. Depois escutou a Fé a discutir no céu sobre a Teologia. De imediato sentiu vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões. Num descuido encontrou a INVEJA e, claro, logo deduziu onde estava o TRIUNFO. O EGOÍSMO, nem sequer houve necessidade de procurá-lo, pois ele mesmo, sozinho, saiu disparado do esconderijo, que, em boa verdade, era apenas um ninho de vespas.
De tanto caminhar, sentiu sede, ao aproximar-se de um lago, descobriu a BELEZA. A DÚVIDA foi ainda mais fácil, pois encontrava-se sentada numa cerca sem decidir para que lado se haveria de esconder.
E assim foi encontrando todos os restantes: o TALENTO entre a erva fresca; a ANGÚSTIA, numa cova escura, a MENTIRA atrás do arco–íris (mentira, estava no fundo
do oceano) e até o ESQUECIMENTO, que já se havia esquecido, estava a brincar às escondidas. Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local. A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada pedra e em cima de todas as montanhas. Quando estava a ponto de se dar por vencida, encontrou um roseiral.
Pegou numa forquilha e começou a mover os ramos. No mesmo instante, escutou um grito doloroso… Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos. A LOUCURA não sabia o que fazer para se desculpar. Chorou, implorou, pediu perdão e até se ofereceu para o guiar.
Foi desde então, ou seja, desde que, pela primeira vez, se brincou às escondidas na terra, que o AMOR é cego… e a LOUCURA sempre o acompanha.

Fati e Rafa (A Malta do Garcia de Orta)
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