sábado, 10 de fevereiro de 2007

Para Onde Vão?

Corações em lojas, em revistas, em blogs, em outdoors, corações, corações, corações. Como se os corações só existissem em Fevereiro. Como se os amores só fossem agora.
Apenas me ocorre uma frase de um escritor que descobri acidentalmente e por quem me apaixonei, Rodrigo Guedes de Carvalho, - "Para onde vão os amores que foram um dia?" (in "A Mulher em Branco"). Dúvida que persiste na minha cabeça há tantos anos. Sem forma. Ou talvez com outra forma. E é só ela que me apetece dizer nesta época de amores inventados,
verdadeiros, inacabados, inconsistentes. Para onde vão?

Fotografia e texto de Sónia Bártolo

http://www.deviantart.com/deviation/42835295/?qo=2&q=by%3Afrozenapplefall&qh=sort%3Atime+-in%3Ascraps

3 comentários:

Carlos Moreira disse...

Os amores de Fevereiro só vão para algum lado se, durante os restantes dias do ano, não existir amor nenhum.. e é pena que muitos ainda sobrevivam assim.. em Fevereiro..

Anónimo disse...

Sem dúvida que os amores inventados ou não, verdadeiros ou virtuais, possíveis ou impossíveis,são alvo de uma explosão comercial e de um exagero de atenção.
Aquilo que foi, já não o é.
Houve em tempos, alturas, em que esse dia era vivido e recebido de uma forma vulgar, com prendas que enchiam o coração, na altura claro!!!
" Mudam-se os tempos , mudam-se as vontades...".
Acho que os amores de Fevereiro ou de qualquer mês, precisam todos de mudança. Os amores já não sobrevivem, eles mudam de direcção.
Mudam de cheiro, de idade, mudam para outro lugar.
Há uma necessidade de constante mudança.
O que hoje é lindo e maravilhoso, amanhã já o é obsoleto e fora de contexto.
Confesso que esta nova maneira de viver o "Amor" até é extraordinária, aprendi com ela,e compreendo-a. Espero encontrar algum sentido neste genesis do "Amor".
Este século que é rotulado como "liquído" onde nada é consistente, temos que nos adaptar e aí sim sobreviver.
Tenho pena de quem nunca viveu um grande e verdadeiro amor, ou de quem nunca amou verdadeiramente.
Tenho pena de quem sobreviva assim...
Tenho pena de quem não assuma os seus verdadeiros sentimentos na vida terrena onde os problemas surgem todos os dias, onde o dinheiro tém importância, onde as pessoas são despedidas, onde as pessoas discutem por coisas banais.
Onde realmente, é preciso Amor para sobreviver.
Os amores vão para onde nós quisermos. Somos nós que seguramos as rédias. Sómos nós que damos e tiramos.
Porquê?... festejarmos o Natal, os aniversários, o dia da Mulher, o dia mundial da sida e tantos outros dias que marcam simbolicamente algo que nos diz respeito a todos nós.
Será que ser diferente, alternativo ou critico é que está certo?
Cada um vive o "amor" como lhe apetece.
Verdadeiro, falso, virtual, intenso, em Fevereiro ou todo o ano.
Uma coisa é certa, amar verdadeiramente, intensamente ou todos os dias do ano, não compensa. Não vale a pena... desgasta-se.
É mais fácil amar o que não se tem. quando se passa a ter, a contagem decrescente começa...
Também tenho pena...acredita...

Anónimo disse...

O anonymous sou eu...

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