


...seria grande e dava flores ao Malam. Queria estar sozinha.
Debaixo de uma árvore, fazia desenhos. Em cima de uma árvore, via os peixes na água do mar.
Décia
...seria uma cerejeira gigante e com um tronco largo. Dava fruta para as pessoas comerem. Queria estar perto do mar da Nazaré, a ver as raparigas a tomarem banho na praia e dava-lhes cerejas. Debaixo de uma árvore, dormia. Em cima de uma árvore, contava folhas.
Tiago
...respirava e expirava para limpar o ar, ficava os dias a apanhar sol, dava frutos e flores. Chorava, quando visse as minhas irmãs a serem queimadas ou cortadas e gostava de sentir os pássaros nos meus ramos. No topo de uma árvore, observava a paisagem. Debaixo de uma árvore, aproveitava a sombra para ler, ouvir música e brincar.
Bárbara
The Hunger Site
Mais uma entrevista :)
Desta vez foi no Correio da Manhã!!! 14 Setembro 2008
Educação
Para Rafael, a escola não tem portão. Nem intervalos ou recreio. Amanhã, quando as aulas começarem, ninguém o vai levar à escola porque ele já lá está. Está sempre. É no Hospital Garcia de Orta, em Almada, que o adolescente, de dezasseis anos, passa os dias e as noites desde que, há seis anos, ficou tetraplégico na sequência de uma meningite. É lá que estuda, através de videoconferência – assiste assim às aulas da EB 2,3 de Alcabideche –, e manda por e-mail os trabalhos de casa. Está no 9.º ano. Vê os professores e os colegas e eles vêem-no a ele através da câmara. Do lado de cá do computador está Fátima, a 'incansável' professora de apoio, que todas as tardes o acompanha no espaço que Rafael Ovelheiro já conquistou como seu, ao fundo do corredor da ala de Pediatria e atrás do biombo – que é fechado em redor deles na altura das aulas – e sempre ligado à internet. Com e como ele estão alunos do Centro de Reabilitação de Alcoitão, a assistir às mesmas aulas, a ouvir as mesmas matérias, a acederem à escola fora dela. A história de Rafael não está escrita nos livros – é uma lição de esperança que não se aprende na escola.
'Gosto muito de Matemática, de Inglês não', diz-nos, ao mesmo tempo que salva a ‘Carla’ num jogo de estratégia que o entretém no computador. É através das bochechas, a única parte do corpo que mexe, que vai teclando e descobrindo outros mundos dentro do mundo internet. Os TPC – como qualquer aluno que se preze, não têm a sua simpatia – são feitos ao final da tarde antes de ter via-verde para os jogos, a escrita no blogue pessoal e o msn. Só os jogos do Benfica, clube do qual é sócio, o tiram da frente do computador a ele adaptado. Agora aguarda a entrada numa instituição – agendada para Julho mas até hoje adiada –, altura em que o adeus vai ser sentido à equipa que o tem acompanhado no serviço de Pediatria. Por ora, é lá que a cada dia agarra a vida e lhe dá significado, com o apoio incansável da mãe, Herculina – que todos os dias, mal sai do trabalho, corre para junto do seu ‘menino’ –, e do resto da família. Descrito pela enfermeira-chefe, que o conhece desde que ele ali entrou, como 'uma pessoa que gosta e quer viver', Rafael sonha com o dia em que Diana Chaves – tem pósteres dela espalhados pelo cantinho onde navega na internet –, entre pela porta da ala onde está internado. A actriz já prometeu a visita e ainda não cumpriu mas o adolescente, que a considera 'a mais bonita' das mulheres, continua à espera que ela venha.
Fátima Andrade já estava a caminho dos 30 anos de profissão quando conheceu Rafael Ovelheiro. "Para descansar da escola fui trabalhar como professora para o hospital, mas pensava que ia ter muitos alunos e afinal era só o Rafael", recorda. "Se foi um choque na altura, neste momento ficaria com ele para sempre, já temos uma ligação muito forte, uma amizade e até me esqueço das dificuldades e limitações que ele tem", conta emocionada a professora, admitindo que tem aprendido muito com ele, nomeadamente informática. "Ele é muito bom com os computadores e ensina-me muitas coisas, é um aluno muito esperto e vivo, um lutador", descreve. Há uns dias foram juntos ao cinema, uma das poucas alturas em que Rafael sai do Hospital. É em nome da sétima arte ou do futebol - é um ferranho adepto do Benfica - que abandona as instalações que há quase sete anos são a sua casa. "Também foi ao concerto dos Da Weasel e ao Jardim Zoológico com a família toda", diz a mãe, admitindo que estava "com algum receio de ir ao zoo porque desde a doença ele nunca mais lá tinha voltado". Adorou. E fez um filme com as fotografias que tiraram. Para sempre recordar. "
Olá amigos venho contar-vos como tem sido este Verão, visto as férias já estarem a chegar ao fim...
Além de estar quase sempre em frente ao pc a ver mails que vocês me enviam, ouvir música, ver tv, receber algumas visitas...também tenho saído um pouco deste ambiente que é o de viver num Hospital...
Durante estas férias escolares fui ao Museu das Telecomunicações visitar a Casa do Futuro, onde me permitiu ter acesso e conhecimento a novas tecnologias adaptadas à minha situação...foi espectacular!!!
Também fui ver o jogo do Benfica com o Inter de Milão - Eusébio CUP.
E, mais recentemente, fui ao ZOO de Lisboa com alguns membros da minha família e fui de igual modo ao Almada Fórum ver o filme do Walli-e.
Espero que tenham gostado das minhas novidades :)
Até breve amigos.
Rafael
PS - Visitem o meu hi5 que tem todas as fotos...não se esqueçam de comentar. hi5
Obrigado Madalena e malta de S. João!
A Joana quis deixar o seu testemunho pessoal aos colegas que a têm acompanhado na TeleAula, todas as terças-feiras:
Dia 11 de Maio, à tarde, os alunos da E.B.1 de São João do Estoril vieram até ao CMRA para nos visitar e fazer um piquenique.
Estivemos no jardim a ouvir as músicas da Madalena, era a hora do Gil. Todos gostámos muito. Eu gostei de tocar um instrumento que eram umas mãos. A Madalena disse que se chamava estalada!
As músicas da Madalena eram muito animadas e eu já conhecia algumas.
No fim da hora do Gil veio o melhor… o lanche!
Foi muito bom estar a lanchar com os meninos no jardim.
O que eu gostei mais foi de conhecer os meninos, porque só os via através do computador na TeleAula.
A malta do Alcoitão
A fala do cavalo chama-se relinchar e a do burro zurrar. Imitámos e foi um fartote de riso! Os burros assim como os cavalos podem viver até aos 30 anos e a sua idade observa-se através dos dentes que vão ficando estragados com o passar do tempo.
As zebras são da mesma família dos burros. Se um burro vestisse um pijama às riscas, seria uma zebra!
O cavalo da Vera - todo elegante!
Para os mais velhos:
Descubram o significado destas expressões populares:
- Prender ou amarrar o burro.
- Vozes de burro não chegam ao céu. (A Vera diz que os burros não têm asas, por isso não se ouvem no céu. Será essa a interpretação?)
- És teimoso que nem um burro!
- Quando um burro fala, o outro baixa as orelhas.
- Trabalhar como um burro!
- Andar de cavalo para burro.
- Descer da burra.
Vera, Adriel, Joana, Vladimir, Ricardo
A malta do Alcoitão